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Mostrando postagens de maio, 2010

Leveza do ser

Ser sensível é ser. Nada mais além disso. E ser, por mais vulnerável que pareça, é muito mais gratificante.

Um filme na tela mental

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Quando entrei na floresta, o clima era do jeito que eu sempre sonhei. Friozinho, cheirinho de mato, som de passarinho cantando e as pernas molhadas quando eu passava entre as moitas úmidas de orvalho. Era começo de manhã. Entre as árvores altas, passava uma luz forte do sol nascente, aquecendo o clima frio deixado pela noite que findava. A terra era bem vermelha, daquela que se pode encontrar nas zonas rurais do sertão. Vermelha e parecia ser muito fértil, já que de longe eu via variados tipos de frutas e flores muito frondosas. O caminho era longo. Na verdade eu não sabia para onde ir. O que importava, naquele momento, era sentir o que a floresta proporcionava: saúde. O dia foi ficando quente e a sede já se fazia presente. De longe, era possível ouvir barulho de água em movimento. Não era uma cachoeira, mas um rio que corria entre as pedras. Cada pedra tinha sua forma. Cada uma, uma cor. Sentei na maior delas, bebi água gelada. As folhas serviram de copo. Eu estava feliz. Continuei a ...

Mosaico de conclusões

O amor é uma aliança secreta onde o ser, o ter e o fazer formam um triângulo que dá asas para que a alma voe até o céu. Cada lado do triângulo serve de apoio para os demais, numa trindade divina. Se não há conflito, então por que escrever é uma luta contínua com a palavra? Escrever também é amor. Esse combate só existe quando o louco não dá conta do seu desequilíbrio. Um homem de visão está sempre à frente de um outro que tem visões, porque é um louco absolutamente bom. * Texto de Flavia e Patricia

Roda, a roda da vida

Alline ficava no berço e lá recebia muitas visitas. Certamente ouvia as mesmas coisas de todas que apareciam. Aquelas coisas que se diz, sempre no diminutivo, para bebês: Fofinha! Bonitinha! Princesinha! Além dos diminutivos, outros comportamentos também se repetiam, mas nada tão rotineiro do que pedirem um sorriso. E ela ali, tão pequena, deitada, olhando de baixo tantos rostos estranhos, sorria. De tantas visitas que recebia, uma era mais especial. Tão especial que hoje, aos 26 anos, Alline se lembra com muita nitidez e riqueza de detalhes. Essa visita tão marcante era de Fifi, a gatinha da família. Fifi morreu aos 16 anos, quando Alline tinha 17. A gata faz falta, mas deixou muitos descendentes. Todos acolhidos pela família, de geração a geração. No lugar de Fifi está Ornella, Cindy e por aí vai. Só as visitas ao berço não puderam continuar, afinal a princesinha de São José do Rio Preto crescia, acompanhando as gerações da família felina. Filhos, netos e bisnetos de Fifi. Hoje Allin...