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Mostrando postagens de agosto, 2011

Silêncio

A cor dos meus olhos

A terra vermelha levanta e sai tingindo tudo, as árvores, os caules, as folhas. As pedras, e os animais. Tudo fica rubro. Vermelho, quente, forte. A terra levanta do chão em forma de nuvem de poeira. A poeira deixa tudo vermelho. A paisagem agora é cobre, resultado do vermelho atingido pelos raios de sol. O amarelo do sol e o vermelho da terra, resultam no cobre. A equação do que eu via. Do que estava na minha frente. Parecia um jogo de cores, um degradê do vermelho. De baixo pra cima, o vermelho ia mudando de tom, de temperatura, até chegar no céu que, às vezes, não era mais azul e sim a fase mais clara do vermelho. Era uma paisagem marrom, acobreada, vermelha. A paisagem do sertão, de terra fértil. Vermelha. De poeira, de sol, dos raios de sol e do vento. O sertão dos meus olhos.