Escrever é mesclar criatividade e os sentidos. Todos. Os do corpo físico e de alma... Por isso às vezes credito à minha facilidade , e mais ainda, à vontade de escrever, ao que cultivei e ao que cultivaram em mim. Das cores das tintas pinceladas nos quadros que minha mãe sempre pintou, dos livros coloridos que grudavam em mim, enquanto outras crianças carregavam, a tira colo, ursos de pelúcia, barbies ou minivideogames, eu devo ter sugado criatividade. Os sentidos se desenvolveram, talvez, pela insegurança que carrego, agora em menor proporção. Sentir o que o outro transmite, além de captar o cheiro, o gosto, as cenas e a textura do que me cerca, seja de objetos ou de pessoas, me faz mais segura. Me permite saber por onde e com quem convivo. Essa talvez seja a explicação para o tipo de linguagem que utilizo. Agora o porque que eu escrevo, ainda não consegui compreender. Talvez eu queira mostrar a minha arte, escondida atrás da caneta, do papel, do computador. Afinal, nem sempre os outr