Reencontro

(...) Depois de algumas lembranças se fazerem presentes, e até principiar um debate sobre o cenário político atual, a conversa é interrompida pela chegada de Célia Bandeira. Cesar e Crisóstomo se levantam e denunciam nos rostos a alegria de rever a amiga. Cesar a abraça, um abraço demorado, carinhoso. Nunca teve com ela uma aproximação de amizade profunda, mas a figura de Célia foi, naquele momento, a materialização de uma das épocas mais felizes de sua vida.

Crisóstomo beija a sua mão, demostrando respeito. Um comportamento afetuoso e elegante, típico de um cavalheiro, de um homem da realeza, para com a dama. Homem do reino dos ideais revolucionários, dos sonhos heróicos onde habita Dom Quixote de La Mancha, com quem, inclusive, se parece bastante fisicamente. Crisóstomo tem a fisionomia semelhante ao do personagem de Cervantes! Esta foi a primeira leitura que fiz dele, logo quando o conheci há tempos. E ele gostou disso. “Os devaneios são bem parecidos mesmo!”, brinca ao conversarmos sobre esta minha impressão.

Celinha, como era conhecida no tempo em que era estudante de arquitetura, “invade” a sala e parece impulsionar ainda mais a atividade proposta para aquela noite: ser feliz! Se sentir poderoso novamente, ser jovem, ser revolucionário. E, por mais que o tempo tenha passado, e as experiências de vida, acompanhadas com a idade, tenham aumentado, a essência de cada um ainda é a mesma: aguerrida. (...) Trecho de Juntos de Novo, grande reportagem que servirá para a conclusão da minha especialização em Jornalismo Literário.

Comentários

Júlia Lins disse…
uhuuu gostei. Exclua aquele blog que eu tinha e inclua esse hehe agora projeto solo!
beijo!!

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