Como esquecer um grande amor
Nestes novos tempos, em que as
famílias se diminuem e que a
saudade tornou-se regra, virou moda o medo da solidão.
De qualquer solidão.
Ninguém mais quer estar sozinho,
sempre transferindo a mágica
porção da felicidade ao outro.
Por vezes estive só, mesmo que
acompanhada.
Não foi nada além de boas tardes.
E hoje, neste instante, em que não
sinto nada passional, tenho a
ligeira impressão de que reconheço
a integridade. A minha integridade.
Esqueçam essa tal dor de amor que
lhes arrebata o peito.
Vou-lhes contar um segredo, vocês
não precisam de ninguém,
ninguém nasce ao meio.
Uma dica: parem de procurar pela
ilusória metade perdida, e se olhem
no espelho.
Ainda assim, sempre penso que nós precisamos dos outros (de todos). Nós não somos sozinhos. Nós não somos completos.
Comentários