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Mostrando postagens de julho, 2011

Ler pra escrever, pra ser.

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Reencontro

(...) Depois de algumas lembranças se fazerem presentes, e até principiar um debate sobre o cenário político atual, a conversa é interrompida pela chegada de Célia Bandeira. Cesar e Crisóstomo se levantam e denunciam nos rostos a alegria de rever a amiga. Cesar a abraça, um abraço demorado, carinhoso. Nunca teve com ela uma aproximação de amizade profunda, mas a figura de Célia foi, naquele momento, a materialização de uma das épocas mais felizes de sua vida. Crisóstomo beija a sua mão, demostrando respeito. Um comportamento afetuoso e elegante, típico de um cavalheiro, de um homem da realeza, para com a dama. Homem do reino dos ideais revolucionários, dos sonhos heróicos onde habita Dom Quixote de La Mancha, com quem, inclusive, se parece bastante fisicamente. Crisóstomo tem a fisionomia semelhante ao do personagem de Cervantes! Esta foi a primeira leitura que fiz dele, logo quando o conheci há tempos. E ele gostou disso. “Os devaneios são bem parecidos mesmo!”, brinca ao conversarm

Um presente pra mim

Nesse dia que completo 26 primaveras (termo antigo, mas que eu adoro), ganho um presente tão bonito quanto a pessoa que me deu! Um poema, de meu amigo e poeta José Abbade. AFLÁVEL Na ausência de tranças Menina ainda dança, Pula e charpinha na poça? Mulher, moça, criança Quem dirá ao certo O que, de perto, nem ela sabe? E a ninguém cabe definir. Pipoca, novena, tabuada ou lingerie Rótulo não contempla o fundo Ela, sozinha, ri do mundo e suas cidades, obviedades que muitos preferem eternizar Atos comuns ensaiados em roteiros já desgastados pelas hordas do lugar comum. Mas ela, sutil traquina Propõe sua nova sina. Holofote ou lamparina, O importante é luz. E, assim, conduz suas linhas Escrita fina, porém marcante Que tempo e traça não destrói. A sóis, luas e ventos Seu velejar leve, lento Revela-se em riscos de mar. Mostrando apenas a menina Que a cada momento ensina O que é viver. O que é sonhar.