A liberdade caça jeito

Um novo amor, um novo emprego, um novo corte de cabelo, até uma roupa nova nos trazem um respiro. Incorporar à nossa rotina um novo caminho, literalmente e subjetivamente falando, nos força a atualizar as nossas definições, como máquinas que não somos.

A rotina traz segurança, assim como as previsões, os planos perfeitos, as agendas diárias, os compromissos fechados. Mas uma novidade, um pé fora do traço, nos trazem energia, um rosto mais corado, os olhos mais brilhantes, e borboletas no estômago.

Tem um poema de Manoel de Barros que diz "Quem anda no trilho é trem de ferro, sou água que corre entre pedras: liberdade caça jeito."

O novo sempre vem, mesmo que a gente não queira. Ele pode até não se mostrar, para aqueles que insistem em não vê-lo. Mas está ali, ao lado da gente, como um cão fiel que deita ao nosso lado contemplando o fazer nada, conosco. 

As oportunidades infelizmente precisam de um contexto propício para se fazerem presentes, tem até aquelas que caem no colo e quebram o cadeado da falta, da desigualdade, da fome. Mas essas são pontuais.

Você que é um livro com páginas em branco, e um futuro propício, não tem desculpas: seja água correndo. Tenha mãos fortes e peito aberto para agarrar o novo, siga em frente. Você sabe como, a liberdade caça jeito.


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